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As 7 verdades sobre o “Caso Evandro” e a Tortura de Inocentes

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O judiciário brasileiro é marcado por histórias controversas, nas quais nem sempre o que veio à tona para a sociedade e foi divulgado pela mídia correspondem, necessariamente, ao que realmente aconteceu com vítimas e acusados. Por isso, preparamos esse artigo com as 7 verdades sobre o “Caso Evandro” e a Tortura de Inocentes.

O conteúdo tem por objetivo desmistificar as mentiras contadas sobre o assunto, plenamente refutadas por fitas que provavam que as confissões e depoimentos foram feitos sob tortura, como podemos ver no livro “Malleus: relatos de injustiça, tortura e erro judiciário”. Continue lendo e descubra o que efetivamente aconteceu.

1. O crime

Em julho do ano de 1992, Celina e Beatriz Abagge, mãe e filha que residiam no estado do Paraná, foram acusadas de sequestrar e matar, para o que seria um ritual de bruxaria, o menino Evandro Ramos Caetano. Por isso, ficaram conhecidas como as “Bruxas de Guaratuba”, em um caso no qual, apesar da enorme repercussão midiática, provaram sua inocência.

2. Os Acusados

A promotoria pública do Paraná indiciou Celina e Beatriz Abagge como mentoras intelectuais da morte do menino Evandro. Também foram acusados os pais de santo Osvaldo Marcineiro, Davi dos Santos Soares e Vicente de Paula, além de Francisco Sergio Cristofolini, vizinho e dono do imóvel no qualMarcineiroresidia e Airton Bardelli, um funcionário da família Abagge.

3. O Caçador de Bruxas

Mesmo antes do julgamento, ambas permaneceram presas ilegalmente por seis anos, até serem absolvidas em 1998, no mais longo júri da história do país. Contribui para isso Diógenes Caetano, que ficou conhecido como “O Caçador de Bruxas”, primo de Evandro, ex-investigador da Polícia Civil, que colaborou ativamente com a apuração paralela que prendeu os acusados.

4. As Torturas

Tempos depois, o caso experimenta uma reviravolta quando os acusados alegam terem sido torturados pela Polícia Militar, para que confessassem o ritual contra o menino Evandro. Beatriz e Celina contaram que foram levadas, encapuzadas, para uma casa, enquanto Osvaldo Marceneiro e Davi dos Santos Soares também descrevem que sofreram violência.

5. Os Álibis

Nas datas supostas do crime, Beatriz Abagge alegava que se encontrava em casa, recebendo um grupo de pessoas. Já Celina, sua mãe, explicara que estava em uma festa, acompanhada de seu marido, o então prefeito Aldo Abagge. Enquanto isso, a investigação policial insistia que Evandro havia sequestrado por Beatriz, em seu Escort.

6. O Corpo

O suposto corpo de Evandro é encontrado e levado ao IML de Paranaguá, sendo reconhecido pelo seu pai através de uma pequena marca de nascença. Entretanto, a realização de exames de DNA apontou resultados inconclusivos, além de conflitos em relação a como as amostras foram colhidas e fomentando movimentos na internet, como o #7INOCENTESDEGUARATUBA.

7. As Fitas

Gravações editadas com a confissão dos acusados embasaram todo o processo do caso. No entanto, as fitas originais encontradas posteriormente mostraram indícios de tortura, ajudando a comprovar a inocência dos suspeitos. Os resultados do julgamento de 1998 trouxeram surpresa: as “bruxas de Guaratuba” foram, finalmente, inocentadas.

Não importa se você é apenas um curioso sobre a história, fã de obras sobre crimes reais, entusiasta de direitos humanos, acadêmico de Direito ou advogado da área criminal: o livro “Malleus: relatos de injustiça, tortura e erro judiciário” pode oferecer um valioso aprendizado e conhecimentos sobre um caso tão relevante para a justiça brasileira.

Se você gostou do artigo e quer entender melhor o que aconteceu, o livro “Malleus: relatos de injustiça, tortura e erro judiciário”, que conta a versão de Beatriz e Celina Abagge, é imperdível. Não perca mais tempo e garanta o seu! Nesse link, você pode conferir o acervo de imagens do caso e a página para a compra do produto!