Dia 1 de dezembro de 2019, foi identificado pela primeira vez o vírus do COVID-19, na cidade de Wuhan, na província de Hubel, República Popular da China. Esse novo vírus apresenta um quadro agudo grave, e tem como característica sensação febril e febre, debilitando vários órgãos.
No dia 11 de março de 2020, apenas 4 meses depois do primeiro caso, a OMS (Organização Mundial da Saúde) declarou o vírus como uma Pandemia.
O primeiro caso confirmado no Brasil ocorreu dia 26 de fevereiro de 2020. Atualmente, o número de óbitos no país, soma mais de 60 mil brasileiros e no mundo, mais de 500 mil pessoas foram vítimas fatais da doença.
Na China, localidade que o vírus foi detectado pela primeira vez, surgem novos contaminados, deixando a comunidade internacional em alerta, sobre a possibilidade de vivenciarmos outras e novas ondas de contágio, tal qual a gripe espanhola em 1918, que teve 3 grandes ondas de contágio, em que a segunda foi mais fatal que a primeira, pois o vírus sofreu mutações.
A decorrência desse novo vírus, onde o contágio pode ser evitado pelo isolamento social, pois o contágio dá-se ainda por gotículas de saliva suspensas no ar pela secreção da fala, em que as mãos e o rosto, representam a maior fonte de exposição ao vírus, trouxe à população mundial um novo comportamento, novos cenários e novas rotinas foram instaladas no cotidiano das pessoas.
Com o intuito de promover o registro de relato de sensações, experiências, vivências e suas múltiplas possibilidades no desmembramento de um novo comportamento social, é que abrimos esta coletânea, para que possamos nos expressar, por meio de diferentes olhares e reflexões sobre o momento vivenciado e a pluralidade que pode advir da fase do isolamento de vírus mutantes circulando.
Um novo ser humano pode se descortinar após esse momento histórico? Como nossas crianças passarão pela fase de socialização, tão importante para o equilíbrio emocional e a convivência social, desprovida do contato físico afetivo além do seio familiar? O que esperar no próximo semestre? No próximo ano?
Esses questionamentos, no universo de infinitas possibilidades, nos interessa registrar; assim também como relatos, experiências e sensações de profissionais que estiveram à frente do combate; seus familiares e amigos; pessoas que tiveram que se adaptar à nova rotina imposta pelo trabalho dentro de casa, com todos os familiares a volta, com outros membros da família estudando concomitantemente no mesmo espaço físico; e relatos e experiências de quem já passou pelo contágio da doença; quem assistiu seus familiares e amigos contaminados; suas implicações, sua angustia e sua dor.
Portanto, interessa, na presente chamada, relatos e experiências e sensações de pessoas que tiveram que se adaptar à nova rotina imposta pelo novo Covid-19 e por aqueles e aquelas que foram acometidos pelo vírus e/ou presenciou tais condições impostas pela doença.
Abrimos essa chamada, a fim de acolher a sua experiência frente ao Covid-19.