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Deus em sua magnificência cria todas as coisas em vista da salvação do cosmos e, para tanto, conta com a contribuição da ação humana; que, a partir de seu livre-arbítrio, se tornou o sinal e sacramento de salvação e, portanto, constituiu-se um povo que é luz e presença de Deus em meio à humanidade.
O presente trabalho tem por objetivo apresentar a dimensão eclesiológica do batismo na Lumen Gentium, em vista de uma eclesiologia de comunhão. Deus em sua magnificência cria todas as coisas em vista da salvação do cosmos. Para isso, ele conta com a contribuição da ação humana. A partir da liberdade humana Deus quer salvá-lo tornando-o sinal e sacramento de salvação aos demais seres humanos. Por isso, ele constituiu um povo para que seja luz e presença de Deus em meio à humanidade. Este mesmo povo constituído, como que propriedade de Deus, fora preparado para receber Jesus Cristo para plenificar a salvação, gerando a partir de si o novo povo de Deus que é a Igreja. Assim, o batismo constitui o ser humano como nova criatura regenerada em Cristo, formando o novo povo de Deus, tornando-o filho de Deus e membro da Igreja. Sendo a missão de Deus continuada na Igreja e em cada batizado, todo o povo de Deus tem o privilégio de ajudar na salvação. Desta forma, todo batizado tem sua radical igualdade em virtude da dignidade do batismo, onde todos são discípulos missionários. Assim, enquanto povo de Deus, o laicato é sujeito eclesial e discípulo missionário por ser um batizado, participante da divindade de Jesus Cristo e realizador do reino e salvação de Deus no mundo.
