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A fronteira é logo ali, mas permaneci escravo 2ª Edição

A partir de R$24,00

Este é um trabalho de muito valor para a historiografia regional. Entre seus destaques está a originalidade da pesquisa, da abordagem e das considerações acerca do cotidiano e da sociabilidade em Rio Pardo. Este livro é produto de um autor com muitos méritos. Ubiratã literalmente deixou sua zona de conforto ao retomar os estudos – com todas as dificuldades inerentes a esta escolha – e ao optar pela formação continuada. No período em que trabalhamos juntos vivenciei sua dedicação aos estudos, sua postura acadêmica e ética, seu entusiasmo com a produção de conhecimento. Cresci muito com a convivência que tive com Ubiratã. Aprendi sobre história e sobre vida nesse processo de orientação.

O coroamento dessa convivência se dá agora com a publicação de uma obra que não se limita ao tema pesquisado, mas que evidencia o apreço pela ampliação do horizonte de expectativas de um batalhador. Que a obra seja admirada pelo que traz de informações, mas também de possibilidades. Ao indicar a potencialidade das fontes documentais, Ubiratã também evidencia que ainda há muito a explorar quanto a compreensão do processo complexo e singular de escravidão no sul do país.
Desejo a todos uma proveitosa leitura!

Prof. Gizele Zanotto
Passo Fundo, primavera de 2016.

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informações adicionais

Autor(es) Relacionado(s):

Ubiratã Ferreira Freitas

Organizador(es):

EDITORA

Brazil Publishing

LINGUAGEM

Português

ANO

2019

PÁGINAS

136

TAMANHO

16x23 cm

ISBN - LIVRO DIGITAL

978-65-5016-008-1

DOI

30.31012/afronteiraelogoali

Descrição

As relações de proximidade entre senhores e escravos favoreceram um olhar para as fronteiras do pensamento humano a respeito da escravidão e da observação de uma fronteira geográfica ainda em construção entre as Coroas de Portugal e Espanha, onde uma constante movimentação era comum. Com isso estando em uma fronteira ainda não delimitada e regulamentada, um dos possíveis mecanismos de controle se constituíram nas relações próximas de sociabilidade, sendo a alienação, a superexploração e as uniões estáveis entre cativos e as “pretensas boas relações” para mantê-los subjugados.

A abordagem utilizada se organiza em uma temporalidade ocupacional que facilita a identificação da presença do negro escravizado nas terras ao sul da colônia e seu desenvolvimento no sistema escravista. As relações próximas de sociabilidade se tornaram um desafio para os negros privados de sua liberdade e explorados em seu trabalho, mas a formação da família escrava viabilizou a oportunidade de laços sociais, preservação cultural e resistência ao sistema. Isso leva a questões como: Por que os senhores deixavam casar seus escravos? Quais fatores internos e externos favoreceram para o casamento entre escravos?

Esses questionamentos patrocinaram mais uma abordagem sobre o tema da escravidão, sendo elas “as relações próximas e afetivas”.