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Do encontro com os Sateré-Mawé para uma psicologia cultural: diálogos sobre a loucura

A partir de R$38,00

Esta obra consiste em um diálogo intercultural sobre a loucura, desenvolvido com o Povo Indígena Sateré-Mawé da Área do Marau. A autora aponta a possibilidade de consolidar outro caminho para a construção de conhecimentos no campo da Psicologia Cultural, ao escolher a hermenêutica diatópica, proposta por Boaventura de Sousa Santos, para guiar o diálogo.

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informações adicionais

Autor(es) Relacionado(s):

Ermelinda do Nascimento Salem José

Organizador(es):

EDITORA

Brazil Publishing

LINGUAGEM

Português

ANO

2019

PÁGINAS

284

TAMANHO

16x23 cm

ISBN - LIVRO DIGITAL

978-65-5016-150-7

DOI

10.31012/978-65-5016-150-7

Descrição

Este trabalho, fruto da minha pesquisa de doutorado desenvolvida com o Povo Indígena Sateré-Mawé entre os anos de 2006 e 2010, consiste em um diálogo intercultural sobre a loucura. Em termos gerais, esse diálogo pode ser sintetizado por meio da resposta a cinco perguntas: (1) Que tradições culturais dialogaram? A tradição cultural ocidental médico-psicológica e a tradição cultural Sateré-Mawé; (2) De qual tradição cultural se partiu? Da tradição ocidental médico-psicológica e da prática clínica neste contexto; (3) Quem dialogou? A pesquisadora, enquanto interlocutora/tradutora dos saberes/práticas médico-psicológicos do ocidente; e indígenas Sateré-Mawé com diferentes papéis sociais em suas aldeias, enquanto interlocutores/tradutores dos saberes/práticas de seu povo; (4) Quem fez a tradução entre as línguas Sateré-Mawé e Portuguesa? Professores Sateré-Mawé participantes do diálogo, que já estudaram Psicologia em sua formação como professores; (5) O que se pretendeu produzir com o diálogo? Uma aproximação à compreensão das experiências Sateré-Mawé da loucura; uma versão/tradução situada, em termos da relação dialógica entre a pesquisadora e os Sateré-Mawé, e em termos de um tipo de olhar – o olhar da Psicologia. A pesquisa ora apresentada originou-se dos diálogos que tive com professores dessa etnia quando, em uma de suas vindas à cidade de Manaus, no Amazonas, visitaram um Centro Psiquiátrico no qual eu desenvolvia uma atividade de extensão da Universidade Federal do Amazonas. Nessa ocasião, eles afirmaram não existir loucura e pessoas loucas em suas aldeias. Decidi, então, registrar e ampliar nossos diálogos para outros Sateré-Mawé, com distintos papéis sociais e que também residiam na Área do Marau. A hermenêutica diatópica, proposta por Boaventura de Sousa Santos, foi o caminho escolhido.