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No rastro do Marfim: o comércio e a circulação do marfim africano no mundo atlântico (Século XVIII) - ebook

R$20,00

Esta obra é fruto de um extenso trabalho de pesquisa histórica, sobre a circulação do marfim de elefantes entre Benguela, Luanda, Brasil e Lisboa. O papel desta commodity de origem africana para a economia portuguesa é revelado e situado para além do comércio de escravizados, no século XVIII.

Categoria

informações adicionais

Autor(es) Relacionado(s):

Rogéria Cristina Alves

Organizador(es):

EDITORA

Brazil Publishing

LINGUAGEM

Português

ANO

2022

PÁGINAS

433

TAMANHO

ISBN - LIVRO DIGITAL

978-65-5861-937-6

DOI

10.31012/978-65-5861-937-6

Descrição

No rastro do marfim é um estudo pioneiro sobre a comercialização e circulação do marfim no Império português. Através de uma pesquisa detalhada em arquivos portugueses, angolanos e brasileiros, Rogéria Cristina Alves redimensiona o volume comercial do marfim e o conecta ao comércio de seres humanos escravizados, argumentando que, desde o século XVI, os comerciantes europeus tentavam controlar as rotas e a produção do marfim em Angola. Sem negar a importância e o impacto devastador do comércio de almas, Alves destaca a centralidade do marfim na balança comercial entre Angola e Portugal antes da expansão do chamado comércio lícito. Ao fazê-lo, revela que sociedades africanas controlavam a caça e a circulação do marfim no interior do continente e que o contrabando era uma constante no funcionamento do Império português.
No rastro do marfim é inovador e destaca a importância do marfim como agente histórico, que motivou competição entre sociedades na África centro-ocidental e entre comerciantes europeus. A análise da produção e venda de produtos manufaturados em marfim, como os pentes e bolas de bilhar, demonstra como os interesses da burguesia portuguesa estavam diretamente vinculados com a ocupação de Angola e do controle do comércio. Rogéria Alves revela como os gostos europeus pelo marfim, assim como pelo café, açúcar e chocolate, estavam atrelados à exploração da mão de obra africana livre e escravizada, assim como a conquista, colonização e ocupação de territórios nas Américas, África e Ásia. Um livro que deve ser lido e relido.

Mariana Candido (Emory University)