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Ao se fazer uma incursão por algumas das grandes perspectivas epistemológicas da filosofia ocidental, procura-se situar a perspectiva de Paulo Freire mostrando como ele se relacionou com essa tradição e, diante dela, assumiu posições consistentes e criativas, fundando o paradigma da Pedagogia Crítico-Libertadora.
De acordo com Freire, a principal característica do agir propriamente humano é a práxis: a articulação indissolúvel entre teoria e prática. Quanto maior a nossa clareza e domínio em relação aos pressupostos e implicações das práticas em que estamos inseridos, tanto mais livres somos em relação a elas. Ou seja, a consciência dos fundamentos das nossas práticas nos torna mais humanos. Esse processo ocorre também com a prática educativa. O educador e a educadora que não querem ser reféns de condições e prescrições externas a si mesmos(as) precisam constantemente refletir sobre os fundamentos do que fazem e das condições em que fazem. Assim poderão se tornar cada vez mais sujeitos das próprias práticas pedagógicas e dos processos coletivos dos quais fazem parte. Sabemos que educar não é uma atividade neutra. Quem declara a neutralidade na educação é ingênuo ou está de má-fé. Por isso, assumir a perspectiva freireana é uma opção que implica no conhecimento de certos pressupostos e de certas ações. Esta obra procura dar uma contribuição para todos(as) que pretendem ter Freire como referência para as suas práticas no campo da educação e também para aqueles(as) não optam por Freire, mas o reconhecem como um dos grandes pensadores mundiais da educação que merece todo o nosso respeito e admiração. Ao se fazer uma incursão por algumas das grandes perspectivas epistemológicas da filosofia ocidental, procura-se situar a perspectiva de Freire mostrando como ele se relacionou com essa tradição e, diante dela, assumiu posições consistentes e criativas, fundando o paradigma da Pedagogia Crítico-Libertadora.
