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Quando uma obra é ‘nova’ de verdade, é porque é nova dos fundamentos. E quando o novo vem dos fundamentos, significa que é um novo de descoberta, descoberta do … ‘antigo’. E’ essa uma chave de leitura da presente obra que, aprofundando sua pesquisa no ‘antigo’ da Palavra bíblica, descobre e traz a luz valores inesperados que podem ser chamados de ‘antigos’ em relação à sua origem, tanto quanto de ‘novos’ em relação à experiência cognoscitiva do leitor. Um ‘novo-antigo’, aliás um ‘antigo-novo’, que acabam oferecendo uma nova e inesperada visão.
O projeto de pesquisa da presente obra é relativo aqueles dois discípulos sobre-nomeados por Jesus «Filhos do Trovão» (Mc 3,17), tidos – junto com Pedro – como “colunas” na Igreja primitiva (Gal 2,9). A particular eleição das três “colunas” parece progressivamente definir-se em relação a um projeto de fundação para cada uma delas: claro para a coluna-Pedro em relação à fundação-Igreja; claro para a coluna-Tiago em relação aquela que, de forma póstuma, será a fundação Compostelana (Santiago de Compostela); não claro, senão ausente, em relação a João, e isso apesar da particular eleição de “discípulo amado”. Contudo, na dura réplica de Jesus à pergunta de Pedro sobre o destino de João («que importa a ti?»; Jo 21,22), Jesus enuncia com clareza o projeto de um “permanecer” de João em relação à Parusia. Qual o significado deste “permanecer” joanino não explicitado? Quais as consequências e a (eventual) ordem de relação com a fundação “petrina” e “jacobea”? Começa daqui o percurso de reflexão desta obra que, passando também pela figura do outro, antigo, “amado”: o rei-profeta Davi, vai se propor como um renovado e apaixonante “Caminho das estrelas”.
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