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O presente livro é fruto de um trabalho de revisão crítica de textos anteriormente produzidos. Primeiramente os que resultaram da pesquisa de pós-doutoramento realizada no PROLAM/USP, nos anos de 2004/2005. Foram revisados, além disso, os textos de Comunicações apresentadas em Encontros e Simpósios da ANPUH, realizados sucessivamente em 2006, 2007, 2008 e 2017.Em 2006 e 2008 tratou-se dos Encontros da ANPUH-São Paulo. Já nos anos de 2007 e de 2017, foram os Simpósios Nacionais da ANPUH.
A releitura crítica de tais textos permitiu a convicção de que as análises neles contidas continuam válidas e atuais. Por isso a sua publicação poderia suscitar um debate atualizado, capaz de propiciar estímulo a novos estudos e pesquisas, numa ótica de história comparada.
A pretensão que se persegue é sustentar intensões de pesquisa norteadas por uma clara diretriz epistemológica voltada para a análise historiográfica das lutas de classe, vistas como fenômeno essencial da História das sociedades contemporâneas.
A conclusão central de tais textos é a de que há, ainda hoje, heranças escravistas presentes em todas as formações sociais do continente americano, embora em graus e formas diferentes. Todas elas são portadoras de um traço essencial e comum às diferenciadas trajetórias históricas percorridas: a ambiguidade política que se manifesta na tendencia, recorrente em todas essas formações sociais, a soluções de compromisso nos impasses conjunturais, de que resultaram, sempre, desfechos de natureza contrarrevolucionária.
