PortugueseEnglishSpanishFrench

Linhas indigestas: coisas fortes e diretas

A partir de R$14,00

Limpar
ISBN a87e49815052 Categoria Tag

informações adicionais

Autor(es) Relacionado(s):

Fabio da Silva Barbosa

Organizador(es):

EDITORA

Brazil Publishing

LINGUAGEM

Português

ANO

2020

PÁGINAS

102

TAMANHO

14x21 cm

ISBN - LIVRO DIGITAL

978-65-86854-71-8

DOI

10.31012/978-65-86854-71-8

Descrição

Porrada no estômago. Aquela porrada bem nada, que desnorteia e arranca sangue. Porrada sem dó nem piedade. Porrada nas vísceras e o cheiro fétido de morte sentida, sangue que escorre nas páginas amareladas da poesia-porrada, poesia-vertigem. A arte sem concessão. Arte que não dá a bundinha em qualquer esquina em troca de facilidades e privilégios. Poesia-verdade, que desmascara as hipocrisias humanas. Poesia sem papas na língua. Poesia, raio e tempestade. Poesia na face abandonada das crianças vomitadas em ruas fétidas. Ratos em volta de suas ânsias. Linhas indigestas de um novelo insalubre que nasce no berço insano desse sistema podre e nojento. Disso se trata a poesia do Fábio da Silva Barbosa: uma porrada bem servida na fuça.

Conheci Fábio através do sonetista Glauco Mattoso. Na época Fábio editava, ao lado de Winter Bastos e Alexandre Mendes, o zine O Berro, um importante trabalho underground de Niterói, e Glauco me enviou alguns exemplares via correio. Isso foi no ano de 2009. Em 2010 passei uma pequena temporada em Niterói, nos encontramos, e aprontamos à beça naquela cidade louca. Lembro quando peguei pessoalmente de sua mão o zine Reboco Caído número 1 na qual saiu uma entrevista comigo. Fábio é uma resistência no meio de tanta  bobagem que rola na cena artística do país e a poesia, com certeza,   é um dos tentáculos de sua produção.

Linhas indigestas faz parte dessa obra em construção de um guerreiro pirado, maluco, sensível,  inventivo e provocador — “mosca na sopa” desse sistema segregacionista, assassino, preconceituoso e cruel.

Por Diego El Khouri