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O Necrofascismo é uma tipologia que se apresenta claramente no século XXI. No Brasil, se pensarmos no racismo, no machismo, na negação do que deveríamos ter sido, enquanto povo e país, poderíamos pensar na imposição de um Fascismo Nacional. Todavia, como 2020 bem demonstrou, o lema falangista (“Viva la muerte”) é nosso condutor, especialmente porque o caos político agravou todos os efeitos da pandemia. Ataca-se o povo, a vida humana, deliberadamente, especialmente negros e pobres.
Este livro, um trabalho significativo em termos de esforço humano, societal, emocional, desenvolvido sob os piores meses da pandemia COVID-19, é um tipo de projeto-pesquisa, se é que podemos denominar desse modo.
O livro tem raízes histórias em fases anteriores da vida do autor, pois constitui o início da terceira pesquisa na linha de Ciência Política. O último relatório de pós-doutorado, por exemplo, ocupou-se da descrição do golpe de 2016 e da formação, àquela altura embrionariamente, de um certo tipo de Cesarismo Institucional. Portanto, trazermos o Fascismo como elemento analítico – em seus principais desdobramentos na realidade política nacional – revela um esforço de continuidade quanto a essas observações.
Assim, o foco deste livro se limita ao Fascismo, como fato/fator que compõe o realismo político no século XXI. Neste escopo, há dois livros do autor publicados por esta editora em 2020:
Portanto, sem que haja necessariamente uma ordem cronológica a ser seguida nas leituras, este livro, projeto-pesquisa, é o terceiro de uma série que prevê cinco títulos.
