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Os novos modelos de educação superior pretendem reparar as injustiças históricas e cognitivas a que esteve sujeita grande parte da população brasileira, impedida do exercício do direito à educação superior e de participar no “banquete civilizatório” a que só as elites tiveram acesso. As novas universidades participam do duplo processo de descentralização da educação superior e da sua profunda democratização.
No âmbito da Educação Superior pública, ocorreu entre 2005 e 2013 um conjunto de profundas transformações, representado principalmente: (a) pela ampliação e expansão das universidades federais já existentes; (b) pela criação de um importante conjunto de novas universidades federais; (c) pela criação e ampliação significativa da rede de institutos federais de educação; e (d) pela criação de um sistema unificado de ingresso na educação superior, (e) acompanhada por um programa ainda modesto e apenas semiestruturado de ampla assistência e permanência estudantil. Como efeito, ainda, houve significativo processo de interiorização das universidades públicas, com a criação de campi universitários nas mais diversas localidades dos territórios do país.
Por outro lado, o financiamento público de vagas na imensa rede particular de Educação Superior possibilitou, ainda, o acesso amplamente facilitado de estudantes às faculdades e universidades pagas, fossem elas privadas ou comunitárias. Neste último caso, foram beneficiados quase que exclusivamente os estudantes oriundos das camadas da população economicamente mais frágeis. As políticas afirmativas de inclusão, acesso e permanência possibilitaram uma mudança drástica em relação ao cenário anteriormente conhecido: Pela primeira vez na história da Educação Superior no Brasil o corpo estudantil formava um “losango”, e não mais uma “pirâmide” social.
Daniel Pansarelli
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