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O povo hebreu depois de serem libertados do Egito, passou quarenta anos no deserto, em parte como punição por desobediência e relutância em tomar posse da terra prometida. Deus os levou ao deserto para os humilhar, provar seus caráteres e seus compromissos em obedecerem às leis de Deus. Portanto, Deus nos leva ao deserto para nos mostrar quem somos; quantos, durante o processo do deserto, vão para longe do Senhor.
Por que nasci? Para respondermos esta pergunta para nós mesmos, precisamos fazer outra pergunta: por que Deus criou o ser humano? Alguns grandes teólogos se arriscam a dizer que o homem foi criado para adorar a Deus. Se isso for verdade, então, chegamos à conclusão de que nasci para benefício de outro? Se isso for verdade, então, por que tenho livre-arbítrio, poder de escolha?
Para começarmos a discorrer sobre o assunto, vamos pegar o ponto de partida e observa a vontade de Deus para o homem. “O SENHOR Deus tomou o homem e o colocou no jardim do Éden para o cultivar e o guardar.” (Gn 2.15). As Escrituras são claras em declara que Deus fez tudo! Fez o Jardim e colocou o homem para cultivar e o guardar. O homem foi colocado no Jardim da mesma forma que um pai compra uma casa e entrega a seu filho, sem lhe dar a escritura, e diz: “Guarda”.
Observando a raiz da palavra, vamos perceber quão profundas são as palavras ditas por Deus. A Bíblia diz que Deus o colocou no Jardim, colocar não é dar. A segunda palavra é cultivar, o sentido original é servir no Jardim. A terceira palavra é guardar, o homem tem sua missão revelada. Deveria guardar a sua própria casa como uma sentinela.
“PROVAÇÕES: degraus de ascensão” traz como diferencial a história vivida por cada herói do passado, homens que em momentos de dores abriram a boca e deixaram seu coração falar, tudo isso para mostrar aos leitores que a Bíblia Sagrada não trabalha com ficção cinematográfica, portanto não temos base Bíblica para corroborar qualquer ensino humano sobre ausência de problemas, como vemos: “Eu formo a luz e crio as trevas; promovo a paz e crio os conflitos; eu, o SENHOR, faço todas estas coisas.” (Is 45.7). É dentro deste prisma que vamos descortinar as verdades vividas pelos personagens que foram chamados por Deus para fazerem parte de seu plano sobre a Terra.
Qual nossa importância como ser humano? O que viemos fazer nesta terra? Será que vim a este mundo só para sofrer? Estas são perguntas feitas por pessoas em momentos de angústia, a Bíblia revela vestígio de quadro depressivo na vida de seus personagens. Podemos ver estes traços na vida de um grande profeta de Deus:
“Maldito o dia em que eu nasci! Não seja bendito o dia em que a minha mãe me deu à luz! Maldito o homem que deu a notícia a meu pai dizendo: ‘Nasceu o seu filho! É um menino!’, causando-lhe grande alegria. Que esse homem seja como as cidades que o SENHOR, sem ter compaixão, destruiu! Que ele ouça gritos de dor pela manhã e alarido de guerra ao meio-dia, porque não me matou no ventre materno. Então a minha mãe teria sido a minha sepultura, e ela teria ficado para sempre grávida. Por que saí do ventre materno tão somente para ver trabalho e tristeza e para que se consumam de vergonha os meus dias?” (Jr 20. 14-18).
O quadro clínico do profeta, agora é depressivo: “depressão psicológica é Estado mental caracterizado por tristeza, desespero e desestimulo quanto a qualquer atividade”. Neste momento de dor e sofrimento, por mais que Jeremias fosse um homem de comunhão, devido a seu ofício profético, se sente desanimado, e chega a lançar maldição, assim pecando contra o Senhor, pois o mesmo em seu momento de dor acaba amaldiçoando seu próximo: “Maldito o homem que deu a notícia a meu pai dizendo: ‘Nasceu o seu filho! É um menino!’”, pois a Bíblia diz que não devemos amaldiçoar nem quem nos persegue: “Abençoem aqueles que perseguem vocês; abençoem e não amaldiçoem.” (Rm 12.14). Portanto, podemos ver que no momento de dor do profeta, ele acaba deixando seu coração expressar exatamente o que ele está sentindo.
