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Desterritorialização da comunidade de Apinagés em São João do Araguaia (PA) na perspectiva da construção da Usina Hidrelétrica de Marabá

R$67,00

A leitura do presente livro permitirá ao leito compreender a relação conflituosa entre os atingidos da comunidade de Apinagés pela perspectiva da construção da Usina Hidrelétrica de Marabá, que alterará os ciclos naturais e o modo de vida das populações locais, vistos a partir de ótica e abordagem peculiar do seu autor, formado pelo Programa de Mestrado em Estudos Interdisciplinares de Cultura e Território pela Universidade Federal do Tocantins – UFT.

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ISBN 978-65-5861-693-1 Categoria

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Autor(es) Relacionado(s):

Organizador(es):

EDITORA

Brazil Publishing

LINGUAGEM

Português

ANO

2021

PÁGINAS

236

TAMANHO

14x21cm

ISBN - LIVRO DIGITAL

978-65-5861-695-5

DOI

10.31012/978-65-5861-695-5

Descrição

A história das hidrelétricas no Brasil releva inúmeros casos de conflitos envolvendo os atingidos, Estado e os consórcios construtores. A Usina Hidrelétrica de Tucuruí (UHET) construída na década 1970-80, localizada no baixo Tocantins, no estado do Pará, desterritorializou populações tradicionais em nome do progresso. A comunicação da construção da Usina Hidrelétrica de Marabá (UHEM) à montante da UHET, trás apreensão as populações tradicionais pelos impactos socioambientais. O Livro que o leitor tem em mãos é resultado de uma investigação que se debruçou em entender o sentimento da comunidade de Apinagés, em São João do Araguaia (PA), ante a futura saída do território e a fragilização da identidade pela comunicação da UHEM no período de 2010 a 2017. Por causa das incertezas que se desenhou no imaginário dos apinagesenses, o objetivo foi a compreensão de sua  percepção no contexto da futura desterritorialização e (des) construção da identidade pela notícia da UHE e o posicionamento do Estado, Centrais Elétricas do Norte do Brasil S/A (ELETRONORTE) e Camargo & Corrêa. O olhar investigativo foi construído a partir da metodologia cientifica das ciências humanas e  comunidade tradicional foi a categoria social de análise. Os conceitos de território, territorialidade, lugar e identidade contribuíram para uma visão interdisciplinar das características que tornam os apinagesenses, tradicionais e revelou uma cultura baseada na relação com rio, e ameaçada por essa nova hidrelétrica. Em síntese almeja-se evidenciar a relação conflituosa estabelecida entre os atingidos, o Estado e Consórcio construtor, responsável pela materialização no território de empreendimentos que alteram os ciclos naturais e o modo de vida tradicional. Os Apinagesenses sentem-se ameaçados com a notícia e as transformações previstas no seu espaço vivido, pelas decisões do governo em função do crescimento econômico, que não respeita a cultura, identidade, lugar e os territórios das comunidades tradicionais. Os sujeitos da pesquisa temem a desterritorialização porque pensam nas alterações no seu modo de vida, pois impedirá a pesca de peixes, quelônios e impossibilitará a relação com o rio Tocantins. Essa situação se constrói no pensamento apinagesense, e revela a sociedade e comunidade científica que a noticia da construção de hidrelétricas coloca os sujeitos na condição de atingidos. As hidrelétricas põe em perigo o modo de vida das comunidades tradicionais, pois o limitará à memória no período de pós desreterritorialização.